tag:blogger.com,1999:blog-22761945275571667832024-03-13T12:39:33.552-07:00Dianismo Feminista BrasilUnknownnoreply@blogger.comBlogger15125tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-88075562681514798242011-09-28T19:20:00.000-07:002011-09-28T19:21:24.970-07:00Novo Blog: Tarô FeministaIrmãs e Irmãos do blog Dianismo Feminista Brasil,<br />
<br />
Feliz Equinócio de Primavera!<br />
<br />
Primeiro gostaria de dizer que eu e a Nyx (Gabi) não abandonamos vocês. Eu tenho passado por muita correria, mas aos poucos estou conseguindo retomar a minha vida online. Acredito que a Gabi também esteja passando por algo assim e assim que possível ela retornará.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-08d6A9rksQk/ToPV4sQUd-I/AAAAAAAAAEQ/L-PgLB2QSBY/s1600/imagesCAMS1YXD.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" kca="true" src="http://2.bp.blogspot.com/-08d6A9rksQk/ToPV4sQUd-I/AAAAAAAAAEQ/L-PgLB2QSBY/s320/imagesCAMS1YXD.jpg" width="320" /></a></div><br />
Bom, estou escrevendo para informar sobre o meu novo blog "Tarô Feminista" onde estarei compartilhando materiais sobre decks de Tarô e Oráculos com abordagens feministas, entrevistas com as/os criadoras/es destes, artigos, tiragens, etc. Tudo com cunho feminista e diânico. Espero que gostem!<br />
<br />
<a href="http://www.tarofeminista.blogspot.com/">http://www.tarofeminista.blogspot.com/</a><br />
<br />
E estou finalizando a tradução de alguns artigos e textos sobre Dianismo e outros de autoria da Z (Budapest). Estarei compartilhando aqui com vocês.<br />
<br />
Espero que todas/os estejam bem!<br />
<br />
Bênçãos na IrmÃdade,<br />
<br />
)O( Aphrodisiastes )O(Aphrodisiasteshttp://www.blogger.com/profile/05373650279879261831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-71374600683731304872011-05-16T11:47:00.000-07:002011-05-16T12:05:22.718-07:00“Aquelas que recebem os dons da Deusa"<div align="center"><br /></div><br /><div align="center"><strong>“Aquelas que recebem os dons da Deusa"</strong><br /></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 282px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5607391994267735458" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-2KUKFJqAwtA/TdF1Tz6ylaI/AAAAAAAAAC8/4cKtEEsB1UY/s320/eve_apple.jpg" /><br /><em>Z Budapest: Eu estava mexendo em meus antigos arquivos e achei uma oração muito poderosa. Ela está escrita a mão e não fui eu quem a escreveu. Não sei quem possa tê-la escrito, mas essa oração me tocou. É um pouco longa.</em><br /><br />“Aquelas que recebem os dons da Deusa<br />Devem utilizá-los.<br />Lustrem os seus dons de manhã<br />Lustre-os com anseio<br />Colha-os da trêmula Árvore da Criação<br />Gentilmente, guarde-os na cesta de seu amoroso esforço<br />Use-os ou eles deixarão de ser frutos e se tornarão pedras pesadas.<br />Os frutos da Mãe são suculentos e nutritivos<br />Ignore-os e eles se tornarão dentes e te morderão.<br />Estes dons são mais valiosos do que a noite e a manhã<br />Ignore-os e a noite e a manhã morrerão<br />A cova de seu conhecimento queima e se transforma nos frutos da Mãe, dentro de você<br />Saia da cova e você estará perdida<br />Quando utilizados, os belos dons são abundantes e começam a aumentar<br />Eles crescem conforme são consumidos<br />Balance os galhos da Criação<br />E os dons cairão em seu colo, resplandecentes<br />Dê as costas e a Árvore murchará<br />E o vento carregará a semente para longe<br />Utilize os dons da Senhora, então com grande abandono<br />Eles se tornarão seu alimento<br />Eles são os frutos, o florescer na escuridão dos sonhos<br />Eles são a luz que dissipa o caos<br />Eles são os frutos da árvore desconhecida mas que está sempre presente<br />Eles são os frutos que crescem eternamente nos galhos do desconhecido<br />Trazidos à visão<br />Eles são mais doces do que a evidência do amor no corpo<br />Não permita que ninguém dê as coisas enquanto os frutos caírem<br />Ao contrário, recolha-os<br />Eles são sua abundância e seu sustento.”<br />Abençoada seja.<br /><br />(Tradução: Aphrodisiastes)Aphrodisiasteshttp://www.blogger.com/profile/05373650279879261831noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-39568497138875111362010-12-19T02:29:00.001-08:002011-01-22T00:25:12.238-08:00A menstruação, por Z Budapest<div style="text-align: justify;">Ei-la no seu civilizado escritório; à sua volta, papéis e telefones que não param de tocar. E, bem no momento que quer esquecer o corpo e penetrar no reino da mente, sente algo úmido e quente entre as pernas. Ficou menstruada.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A Mulher Selvagem está em pleno vigor. Tenho uma amiga, Margaret, que costuma <b>pendurar um calendário na parede do escritório e assinalar os dias de seu período menstrual com lápis vermelho</b>. Isto significa afirmar de forma respeitosa e enérgica: “Sim, eu fico menstruada”. Quando escondemos as coisas, elas parecem anormais. Mas se as encaramos abertamente, elas são aceitas com mais facilidade. Isso requer muita coragem.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Uma outra amiga, Lilian, reclamou que, toda vez que opinava com firmeza sobre algum assunto concernente ao trabalho, um colega a acusava de estar “naqueles dias”. <b>Fazer comentários sobre o período menstrual sem nosso consentimento é assédio sexual. </b>Quando os homens usam o sangue da sua menstruação contra você mesma, estão expressando o medo de sua natureza cíclica emocional feminina. Os dias do período menstrual são os melhores para realizarmos feitiços, porque nesses dias a Mulher Selvagem está mais forte. E você está cheia de energia emocional, o verdadeiro combustível da feitiçaria. Portanto, descubra um novo feitiço a cada menstruação e torne sua vida mais fácil.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Para regular o fluxo menstrual, tome chá de ervas, como confrei, mil-em-rama, camomila e o sempre indicado chá de framboesa. </b>As lojas de produtos naturais sempre têm boas misturas de ervas próprias para esse período. Experimente-as, e você se sentirá muito mais animada.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No primeiro dia de menstruação, acenda uma velha vermelha e recite o seguinte encantamento:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>Este é o sangue que dá vida,<br />
Este é o sangue que contém a memória dos meus antepassados<br />
Este é o sangue que vai curar minha alma<br />
Este é o sangue da mãe que dá vida a todos.</i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em seguida, tome uma xícara de chá de framboesa, visualizando o útero e os ovários cheios de saúde e bem-estar. Leve a vela para o banheiro e tome um banho quente; acaricie-se sob a luz rosada da chama. Quando estiver relaxada, repita:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>Este é o sangue que me conecta à minha força<br />
Este é o sangue da Deusa, que cura todas as feridas<br />
Este é o meu sangue, o sangue do meu desvario<br />
Eu dou à luz a mim mesma.</i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Celebre todos os dias da menstruação com <b>banhos, palavras e chás quentes</b>, durma em travesseiros perfumados e sonhe. Coma batata-doce assada para ajudar a equilibrar os hormônios. Sinta-se importante, conectada com a Lua e, portanto, com todo o universo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Texto retiado de: BUDAPEST, Zsuzsana E. A Deusa no Escritório. Tradução Vera Palma. São Paulo: Summus, 1996, p. 21-22.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">[Os grifos no texto são meus. Em relação ao chá de framboesa, uso o <b>chá de amora</b>. Caso queira ter acesso a arquivos sobre menstruação, associe-se à lista de discussão Ciclos Naturais Femininos enviando e-mail para ciclosnaturaisfemininos-subscribe@yahoogrupos.com.br]</div>Green Womynhttp://www.blogger.com/profile/08027198919027933719noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-60733358740500918472010-11-22T16:49:00.000-08:002010-11-22T16:58:36.863-08:00Auto-bênção<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_0jvWuJDFqdo/TOsRATzFqlI/AAAAAAAAAF0/ehlJ9bI3g8w/s1600/yoga-sun-by-gabriella-fabbri.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="255" src="http://4.bp.blogspot.com/_0jvWuJDFqdo/TOsRATzFqlI/AAAAAAAAAF0/ehlJ9bI3g8w/s320/yoga-sun-by-gabriella-fabbri.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<br />
"Bless me Mother, for I am your child.<br />
Bless my eyes to see your ways.<br />
Bless my nose to smell your essence.<br />
Bless my lips to speak your name.<br />
Bless my breasts for strength and beauty.<br />
Bless my belly for pleasure and life.<br />
Bless my legs to walk your path.<br />
Bless me Mother, for I am your child."<br />
<br />
(Z.Budapest) <br />
<br />
-----<br />
<br />
"Abençoe-me Mãe, pois sou sua criança.<br />
Abençoe meus olhos para ver suas formas.<br />
Abençoe meu nariz para sentir sua essência.<br />
Abençoe meus lábios para falar seu nome.<br />
Abençoe meus seios para força e beleza.<br />
Abençoe minha barriga para prazer e vida.<br />
Abençoe minhas pernas para andar seu caminho.<br />
Abençoe-me Mãe, pois sou sua criança."<br />
<br />
<br />
<a href="http://mp3-find.com/download.php?mp3=n8esGgGu79M&artist=Witchcraft+Chants&song=Self-blessing+By+Z+Budapest">Self-Blessing por Z Budapest (audio) </a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-67653624703251902952010-11-17T10:17:00.001-08:002010-11-17T10:29:54.873-08:00Mudança de EndereçoAtenção mulheres, <br />
<br />
O Dianismo Feminista Brasil mudou de endereço:<br />
<br />
http://dianismo.blogspot.com/<br />
<br />
Obrigada,<br />
<br />
A AdministraçãoUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-70502700259518223292010-11-17T08:18:00.000-08:002010-11-22T17:01:07.979-08:00Ética Diânica<div style="text-align: justify;"><style>
@font-face {
font-family: "Calibri";
}@font-face {
font-family: "Cambria";
}@font-face {
font-family: "Constantia";
}p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal { margin: 0in 0in 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }h2 { margin: 10pt 0in 0.0001pt; page-break-after: avoid; font-size: 13pt; font-family: "Times New Roman"; color: rgb(79, 129, 189); }p.MsoFootnoteText, li.MsoFootnoteText, div.MsoFootnoteText { margin: 0in 0in 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }span.MsoFootnoteReference { vertical-align: super; }p.MsoListParagraph, li.MsoListParagraph, div.MsoListParagraph { margin: 0in 0in 0.0001pt 0.5in; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }p.MsoListParagraphCxSpFirst, li.MsoListParagraphCxSpFirst, div.MsoListParagraphCxSpFirst { margin: 0in 0in 0.0001pt 0.5in; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }p.MsoListParagraphCxSpMiddle, li.MsoListParagraphCxSpMiddle, div.MsoListParagraphCxSpMiddle { margin: 0in 0in 0.0001pt 0.5in; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }p.MsoListParagraphCxSpLast, li.MsoListParagraphCxSpLast, div.MsoListParagraphCxSpLast { margin: 0in 0in 0.0001pt 0.5in; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }span.Heading2Char { font-family: Calibri; color: rgb(79, 129, 189); font-weight: bold; }span.FootnoteTextChar { font-family: Cambria; }div.Section1 { page: Section1; }
</style> </div><div style="text-align: center;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b><u><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia;"><br />
</span></u></b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_0jvWuJDFqdo/TOP_hhdr9YI/AAAAAAAAAFo/ivO6MxVQze8/s1600/user_images_file_name_3608.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/_0jvWuJDFqdo/TOP_hhdr9YI/AAAAAAAAAFo/ivO6MxVQze8/s320/user_images_file_name_3608.jpg" width="320" /></a></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">O dianismo feminista é marcado por forte conteúdo programático e ético, o que pode o diferenciar até mesmo de outras tradições neopagãs que não possuem tanto conteúdo político. </span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Inspirada ao mesmo tempo pelo movimento feminista e pelo neopaganismo, a ética da Tradição Diânica é neopagã e, portanto, pode diferir da ética do cristianismo, embora também possa se assemelhar muito a ela em alguns pontos. Ao mesmo tempo, também é uma ética feminista, que propõe um novo papel da mulher na sociedade, independente de sua religião. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Esse artigo tem o objetivo de apontar, de forma não exaustiva, algumas das principais características da ética diânica.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Grosso modo, pode-se dizer que a ética diânica baseia-se em sete princípios básicos: 1) adesão à Wicca Rede (“faça o que quiser, mas não machuque ninguém.” 2) foco na responsabilidade pessoal, 3) respeito ao livre-arbítrio, 4) crença na lei do retorno, 5) crença na sacralidade de todos os seres, 6) preservação da natureza e, 7) valorização do sagrado feminino e união entre as mulheres. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;"><a name='more'></a></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Nesse sentido, é importante enfatizar que tratam-se de <i>princípios e conselhos. </i>No dianismo, não existem regras pétreas, pecados, dogmas ou mandamentos. Cada mulher, baseada no seu livre-arbítrio, tem o direito e o dever de decidir como agir em cada caso, se responsabilizando pelos seus atos e palavras. Por exemplo, é possível que uma diânica decida deliberadamente violar a Wicca Rede, mas ela – como qualquer ser humano - estará sujeita às conseqüências dessa violação perante a si mesma e a própria existência, ambas divinas. Assim, longe de ser uma religião amoral, o dianismo acredita que – por fazermos parte do todo – devemos sempre estar cientes de como agimos no mundo, pois o que afeta o outro também nos afeta. </span><br />
<br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">1) <b>Adesão à Wicca Rede</b>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">O principal conselho diânico (e neopagão) é “Faça o que quiser; não prejudique ninguém.”. É a regra da reciprocidade (regra de ouro), presente em quase todos os sistemas religiosos. Trata-se do reconhecimento de que a principal lei da Deusa é “amor a todos os seres”. <a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2276194527557166783#_ftn1" name="_ftnref" title=""><span class="MsoFootnoteReference">[1]</span></a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">No entanto, como muitos neopagãos já apontaram (e, paralelamente, estudiosos da regra de ouro), se levarmos essa frase ao pé da letra, verificaríamos que é impossível não prejudicarmos ninguém. Pisamos em formigas, comemos animais e plantas, passamos em concursos (o que significa que alguém não passou), recebemos aumentos salariais (o que quer dizer que os recursos que poderiam estar sendo dirigidos para outras áreas da sociedade estão sendo dirigidos para o nosso conforto e o conforto de nossa família). De certa forma, todo dia, prejudicamos alguém pelo simples fato de existirmos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Z.Budapest procura resolver esse dilema afirmando que a Wicca Rede ou o conselho wiccano, como também é chamado, só se aplica estritamente a rituais e atos mágicos. Além de discordar dessa posição, pois somos as mesmas mulheres dentro e fora do nosso círculo mágico, acredito que isso não resolva o problema, pois mesmo se restringirmos a Wicca Rede aos atos de magia, inevitavelmente prejudicaremos alguém pela mesma lógica exposta acima, seja por ação ou inação. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Uma solução mais comum no dianismo é não tratar a Wicca Rede como um mandamento, mas um conselho como o próprio nome já diz. Não há porque fazer uma leitura extremada da regra da reciprocidade. Particularmente sob o ponto de vista feminista de valorização e auto-valorização da mulher, esse conselho não tem o objetivo de nos fazer morrer de culpa, ficar paranóicas ou viver uma vida de miséria – <b>afinal, o “ninguém” da frase também inclui nós mesmas!</b> - mas de fazer com que nós estejamos mais atentas para nossa inevitável influência na grande teia da existência e procurar não ferir ninguém por descaso, por ficarmos paradas quando deveríamos agir ou em um momento de raiva. Em outras palavras, a Wicca Rede nos aconselha a “caminhar leve sobre a terra”. Trata-se de um conselho para atingirmos o <i>nosso</i> melhor pessoal e examinarmos criticamente nossa ação e inação, com toda a paciência com os nossos erros, estando dispostas ao aprendizado, à correção ou reparação quando possível. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia;">2) Foco na responsabilidade:</span></b></span><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">O dianismo advoga a completa liberdade baseada na responsabilidade: uma diânica feminista pode ser e fazer o que desejar, mas sempre será responsável perante a si mesma e o universo por suas decisões. Longe de promover comportamentos irresponsáveis, a ética diânica demanda que nós estejamos sempre cientes das conseqüências de nossos atos e palavras. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Não existem “dogmas” ou “mandamentos”, mas conselhos de como se comportar. </span><span style="font-size: small;"> Em outras palavras, na moral diânica (e neopagã), <b>existe uma substituição do modelo dicotômico entre o bem e o mal e a noção de pecado pela noção de responsabilidade e causa e conseqüência</b>.</span><span style="font-size: small;"> (A Deusa é todas as coisas). Essa moral leva à adoção de conceitos psicológicos sofisticados e à <b>não rejeição ou anulação das emoções consideradas “negativas”.</b> A diânica se aceita como um todo – completa - e procura a aplicação, expressão e administração <b>responsáveis</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;"> de todas suas emoções de modo a respeitar a Wicca Rede da melhor forma possível. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Na ética baseada na responsabilidade, não há ameaças. Não há inferno ou outros métodos de coerção. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia;">3) Respeito ao livre-arbítrio. </span></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Seria impensável que uma religião que propõe a liberação da mulher não defendesse – com unhas e dentes – o livre-arbítrio. Cada mulher tem o pleno direito de decidir o que é melhor para si, para seu corpo, mente e espírito, mesmo que não concordemos com ela. Ela tem a última opinião sobre tudo que afeta sua religiosidade. Assim, cada mulher define qual é o seu melhor pessoal. Não existem fôrmas ou modelos pré-estabelecidos de “boa moça”. Cada uma de nós pode dar o melhor de si de nossa própria maneira. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Dessa forma, aconselha-se vivamente que diânicas nunca, <b><i>nunca</i> </b>permaneçam em grupos religiosos que as pressionem <i>direta </i>ou <i>indiretamente</i> para que elas cometam atos que as façam se sentir especialmente desconfortáveis ou violem seu livre-arbítrio. Isso é especialmente verdadeiro em situações que possam envolver sexo, drogas de qualquer espécie ou qualquer ação que a diânica considere que vai contra sua compreensão do conselho “não prejudique ninguém”. Uma mulher nunca deve aceitar que qualquer pessoa que se intitule “alto-sacerdote” ou “alto-sacerdotisa” se sobreponha ou descarte aquilo que ela mesma considera ser certo ou errado. Lembre-se que mulheres são particularmente vítimas desse tipo de armadilha e instrumento de dominação, que pode, inclusive, levar a sérios traumas e até mesmo crimes graves. Se seus instintos e intuição dizem para se afastar de um grupo ou pessoa com essas características, se afaste imediatamente. Não ignore sua voz interior<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2276194527557166783#_ftn2" name="_ftnref" title=""><span class="MsoFootnoteReference">[2]</span></a>. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">O dianismo feminista propõe a liberdade de cada mulher, segundo seu próprio entendimento do que é certo ou errado. A violação desse poder de escolha – a qualquer momento - não é acolhido pela Tradição. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">4) <b>A Grande Teia e a Lei do Retorno</b>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Existe, também, a crença de que vivemos na grande teia da existência, completamente conectados uns aos outros, para o melhor e para o pior. Somos todos parte do corpo da Deusa. O que afeta um indivíduo, afeta todos os outros, inclusive a nós mesmas. <b>Nesse contexto, a Tradição Diânica concorda com a crença popular de que recebemos o que enviamos</b> – por exemplo, atos injustos retornam como injustiça contra nós e atos justos retornam como justiça a nosso favor. A lei do retorno é a face objetiva do foco na responsabilidade: as diânicas acreditam que o universo tratará de nos enviar de volta as palavras, os atos e os pensamentos que enviamos para ele, de uma forma ou de outra. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Algumas diânicas – particularmente sacerdotisas iniciadas - acreditam que estão submetidas à lei tríplice: o retorno triplicado do efeito que causamos à grande teia seja por ação ou inação. Algumas mulheres têm uma concepção literal da Lei Tríplice: o retorno triplo de tudo o que fazemos. Outras acreditam que essa lei é mais simbólica: um retorno que ocorre nos três níveis da existência (alto, centro e submundo) ou em todo o ser (corpo, mente e espírito). Algumas mulheres acreditam que a Lei Tríplice se aplica apenas a atos mágicos. Outras acreditam que ela é aplicada a qualquer ato consciente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia;">5)</span></b></span><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;"> <b>Crença na sacralidade de todos os seres. </b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">A Deusa diânica é imanente a toda a realidade, visível e invisível, presente, passada e futura. Ela está presente em todas as coisas e certamente está presente em todas as mulheres. Toda a vez que estamos chateadas com alguém, vale a pena recordar a fagulha divina que existe em cada ser, que é, em essência, a mesma que existe em cada uma de nós. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Não interessa se uma pessoa que você conhece acredita em Jesus, na Deusa ou em alienígenas - cada um – para as diânicas - é parte do todo divino e segue o caminho que é mais apropriado para si. Assim, não há necessidade de proselitismo. Por não haver um pecado original (tudo é sagrado e sempre foi sagrado), não é necessário um redentor ou um messias para nos salvar. Tudo que é necessário é viver da melhor forma possível. A Deusa cuida de nós e é nosso dever como boas filhas cuidar dela, mesmo que muitas vezes nossa contribuição nos pareça ser ínfima em escala global. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Todas nós somos filhas da Deusa. E cada mulher é capaz, com a ajuda de suas irmãs, de encontrar seu caminho, seu crescimento e sua cura pessoais, <i>de acordo com seus próprios parâmetros conscientes do que vem a ser seu melhor pessoal.</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">6) <b>Preservação da Natureza</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">A sacralidade da Natureza é especialmente venerada pela Tradição Diânica. Procuramos, da melhor forma possível, caminhar leve sobre a terra que nos cria, nutre e nos abraça quando chega nossa hora. Somos muito agradecidas por todas as dádivas da vida e procuramos nos integrar a ela de forma sustentável. A Natureza é nosso livro sagrado, nosso templo e nossa Mãe. É a nossa razão de ser. Ao tratarmos dela, procuramos aplicar ao máximo todos os princípios éticos que viemos comentando acima. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia;">7) Valorização do sagrado feminino e união entre as mulheres. </span></b></span><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Em nossa sociedade, é imensa a carga cultural que desune e desvaloriza as mulheres. Desde muito cedo, somos ensinadas a desconfiar umas das outras, a nos vermos como rivais (particularmente pela atenção masculina), a ver imperfeições em nossos corpos, espíritos e mentes, a lamentarmos não termos nascido homens, com todas as vantagens atribuídas ao mundo masculino. Essas mensagens estão sempre ao nosso redor: nos filmes, nos livros, nas revistas, nos anúncios e novelas, nos discursos políticos e até mesmo em nossas famílias. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">A Tradição Diânica busca reverter essa construção cultural ao recordar que nossos corpos são nossos templos interiores, ao recordar tudo o que temos em comum, tudo o que nos une e – ao mesmo tempo – a respeitar nossas diferenças como indivíduos livres. A Tradição Diânica nos ensina a deixar de colocar as mulheres de nossa vida – nossas mães, avós, irmãs, amigas, colegas de trabalho, chefes, professoras e até mesmo rivais – em segundo plano, dando a elas o destaque que merecem como criaturas divinas, filhas da Deusa. A Tradição Diânica nos ensina que enquanto permanecermos criticando, traindo e desrespeitando umas às outras, permaneceremos sendo tratadas como cidadãs de segunda classe e que não existe – para nós - reencontro mais divino do que aquele com a irmandade feminina. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">E os homens? Para o dianismo feminista, os homens merecem o mesmo respeito e consideração que as mulheres! Todas nós temos país, irmãos, filhos e amigos. Não faz parte do dianismo tratar homens como cidadãos de segunda classe. Não defendemos o femismo (machismo às avessas, dominação da mulher sobre o homem), mas o feminismo (a idéia revolucionária de que mulher também é gente). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">A ênfase no tratamento às mulheres é dada em razão de sermos uma tradição religiosa focada nas mulheres, nos mistérios femininos e no sagrado feminino. Além do mais, em razão da carga cultural mencionada, a mulher é, freqüentemente, algoz da mulher, de modo que recordar nossa irmandade é essencial em nossas crenças. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia;">Ética Diânica, Maldições e “Feitiços de Manipulação”</span></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Algumas diânicas feministas são completamente contra a realização maldições ou feitiços de manipulação do livre-arbítrio de outras pessoas. Elas acham que qualquer feitiço nesse sentido viola a Wicca Rede, a Lei Tríplice e o valor que o dianismo atribui ao livre-arbítrio. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Outras diânicas feministas acreditam que a possibilidade de lançar maldições e feitiços de manipulação é possível em certos casos e acham justo usar esses meios para combater a opressão dos mais fracos –particularmente mulheres e crianças - no contexto do patriarcado. Para estas diânicas, seria perfeitamente legítimo, por exemplo, amaldiçoar um estuprador para que ele seja pego pela policia, ou enfeitiçar um chefe para que ele pare de agir com dano moral no ambiente de trabalho, ou um filho ou uma filha para que ele ou ela se livre das drogas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Jade River chama o primeiro grupo de “praticantes positivas” (<i>positive practitioners</i>) e o segundo grupo de “aradianas”, em referencia à Deusa Arádia, nas quais essas mulheres se inspiram.<span class="MsoFootnoteReference"> <a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2276194527557166783#_ftn3" name="_ftnref" title="">[3]</a></span> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Na verdade, a grande maioria das diânicas fica entre um grupo e outro. <b>Como tudo na ética neopagã, essa é uma questão de escolha pessoal e relação entre a mulher e sua própria consciência.</b> <b>A ética neopagã é mais individual e aberta do que a de outras crenças religiosas e talvez esteja nisso sua grande diferença em relação a estas. Somos responsáveis por nossos atos e não atos. Fim de papo. </b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Mas mesmo Z. Budapest - que é provavelmente uma das diânicas mais liberais no que se refere a maldições e os chamados “feitiços de manipulação”<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2276194527557166783#_ftn4" name="_ftnref" title=""><span class="MsoFootnoteReference">[4]</span></a> - aconselha que não se diga o nome de um “culpado” específico durante a maldição, para evitar injustiças. Por exemplo, em uma maldição contra um estuprador, diz-se “Eu amaldiçôo aquele me estuprou.” (a Deusa sabe perfeitamente quem foi mesmo que você esteja enganada). A mesma Z. Budapest recomenda:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;"> “Não cause nenhum mal, mas aja para garantir sua auto-defesa e auto-estima.”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Essa frase deriva da idéia que todas nós somos sagradas perante a Deusa, inclusive nós mesmas. A maldição feita por grupos de mulheres a estupradores ou qualquer um que faça mal a crianças, mulheres e outras pessoas indefesas é uma prática muito antiga que é adotada por muitos grupos diânicos. Eles consideram essa prática, inclusive, como um fator que contribui para a cura da vítima, que vê suas irmãs empatizarem com sua situação e se unirem em sua defesa. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Muitas diânicas são radicalmente contra – ou evitam ao máximo - amaldiçoar outras mulheres em razão do efeito sobre nossa irmandade. <b>Realmente, a prática muito difundida de mulheres amaldiçoando suas rivais no amor, trabalho, família, etc em nada tem a ver com os princípios éticos do dianismo feminista. </b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Em outras palavras, mesmo quando aceitam a maldição e o feitiço de manipulação em alguns casos, é seguro afirmar que as diânicas feministas não defendem a prática irresponsável de maldiçoes a torto e a direito, por motivos fúteis ou simples demonstração de poder. Quando sua prática é defendida, é muito mais no sentido de proteger algo ou alguém que se encontra em desvantagem ou vulnerabilidade do que no sentido de causar mal a um indivíduo específico. <b>Tratam-se de casos graves de violência e opressão e não de mera “guerra mágica”.</b> Em razão dos princípios mencionados acima, a maior parte das praticantes, porém, são “praticantes positivas”, fazendo de modo geral exceção ao feitiço para que criminosos sejam encontrados e punidos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia;">E quando tudo mais falha? </span></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Constantia; font-size: small;">Desnecessário dizer que não é fácil seguir a risca a forte ética proposta pelo dianismo feminista e que, ao longo de nossas vidas, nos deparamos com muitos casos em que vários valores estão em jogo e não sabemos exatamente como agir. Nesses momentos, vale a pena escutar as vozes do bom senso, da intuição, de nossas irmandade e, é claro, da Deusa. Mais cedo ou mais tarde, saberemos o que fazer, ou, pelo menos, compreenderemos que tomamos a melhor decisão possível com as informações que tínhamos disponíveis em um determinado contexto. Afinal, se as Deusa nos quisesse infalíveis, teria nos feito infalíveis. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b><i>“Eu caminho com beleza</i></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Enquanto caminho, enquanto caminho,</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>O universo caminha comigo,</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Com beleza, ele caminha a minha frente,</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Com beleza, ele caminha as minhas costas,</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Com beleza, ele caminha abaixo de mim, </i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Com beleza, ele caminha acima de mim, </i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Com beleza por todos os lados, eu caminho, </i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Enquanto caminho, eu caminho com beleza</i>.”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Prece Navajo de Encerramento. </span></div><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br clear="all" /></span></div><hr size="1" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px;" width="33%" /><div id="ftn" style="text-align: justify;"><div class="MsoFootnoteText"><span style="font-size: small;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2276194527557166783#_ftnref" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference">[1]</span></a></span><span style="font-size: small;"> Charge of the Goddess -</span><span style="font-size: small;"> D. Valiente</span></div></div><div id="ftn" style="text-align: justify;"><div class="MsoFootnoteText"><span style="font-size: small;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2276194527557166783#_ftnref" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference">[2]</span></a> Adaptado de The Goddess in the Details -</span><span style="font-size: small;"> Wisdom for the Everyday Witch –</span><span style="font-size: small;"> de Debora Blake </span></div></div><div id="ftn" style="text-align: justify;"><div class="MsoFootnoteText"><span style="font-size: small;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2276194527557166783#_ftnref" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference">[3]</span></a> Jade River, <i>To Know: A Guide to Women’s Magic and Spirituality.</i></span> </div></div><div id="ftn"><div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2276194527557166783#_ftnref" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference">[4]</span></a></span><span style="font-size: small;"> A principal idealizadora da Tradição Diânica afirma que maldições têm sido lançada por mulheres desde tempos antigos, até como uma forma de “poder de polícia” contra aqueles que faziam mal à mulheres e crianças – um poder</span><span style="font-size: small;"> muito respeitado nas sociedades pagãs. Ela acredita que a atual condenação moral às maldições foi uma forma das grandes religiões patriarcais – como cristianismo, judaismo, budismo e islamismo - de vilanizar e restringir o poder espiritual, social e mágico das mulheres. </span></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-51372964482607947572010-10-18T18:54:00.000-07:002010-10-18T19:06:53.700-07:00Dianismo e TPM<style>
@font-face {
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}@font-face {
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}p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal { margin: 0in 0in 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }p { margin: 0in 0in 0.0001pt; font-size: 10pt; font-family: "Times New Roman"; }span.il { }div.Section1 { page: Section1; }
</style> <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_0jvWuJDFqdo/TLz3M9022lI/AAAAAAAAAFg/mCL6W9fG3CU/s1600/angry+woman.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/_0jvWuJDFqdo/TLz3M9022lI/AAAAAAAAAFg/mCL6W9fG3CU/s320/angry+woman.jpg" width="240" /></a></div><div style="margin: 0.1pt 0in; text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Nas nossas listas de discussão, estamos sempre recebendo perguntas de mulheres que sofrem de TPM e gostariam de saber de métodos naturais para tratar dos incômodos e dores relacionadas ao ciclo menstrual. Isso me levou a uma reflexão mais profunda sobre o papel da TPM na nossa sociedade. A Green Woman achou a resposta interessante e recomendou que eu postasse aqui:</span><br />
<br />
<span lang="PT-BR">Ao longo dos anos e ao longo do meu sacerdócio diânico, eu desenvolvi a firme convicção de que a <span class="il">TPM</span> existe porque o mundo não está preparado para os ciclos naturais femininos. As mulheres são cobradas a terem o mesmo tipo de comportamento/performance/humor sempre, mas nós todas tendemos, em maior ou menor grau, a termos ritmos internos muito bem definidos, que estão longe de serem lineares.</span><span lang="PT-BR"> </span><span lang="PT-BR"> </span><br />
<br />
<span lang="PT-BR">Mulheres - e homens! - mudam, todo o ano, todo o mês, toda a semana, toda a hora. Exigir que elas sejam sempre as mesmas é não só cruel como impossível. A <span class="il">TPM</span>, me parece, é exatamente uma revolta do corpo feminino contra uma sociedade que não está sintonizada com os ritmos femininos. O nosso corpo é sábio e a dor, o mau humor e o mal estar, são, muitas vezes, formas de avisar que alguma coisa não vai bem. Aliais, a função evolutiva da dor é justamente informar ao nosso cérebro que alguma coisa está errada. E, no entanto, por gerações e gerações mulheres foram doutrinadas a acreditarem que a TPM era uma carga/punição completamente vinculada à própria condição feminina, que nada nos resta, em nossa “desgraça e azar de ter nascido mulheres”, do que nos resignar ou tomar remédios paliativos e adotar métodos invasivos para continuarmos seguindo os ritmos lineares impostos por uma sociedade doente que não leva em conta as necessidades biológicas e psíquicas de mais de 50% da população. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Mas se levarmos em consideração a premissa de que a TPM é uma revolta dos nossos corpos contra um estilo de vida e uma sociedade que não respeitam nossos ritmos internos, me parece que uma das melhores formas de se lidar com a TPM é justamente <b>produzir <b><span style="font-family: Times;">menos e sem culpa,</span></b></b> nos dando todo o tempo que conseguimos nos dar. De preferência, interagir com outras pessoas o menos possível, pois muitas de nós sentimos uma necessidade instintiva de nos isolarmos nesses dias. <b><span style="font-family: Times;">Por outro lado, é sempre bom aproveitar esse período de maior sensibilidade para levar uma vida espiritual e criativa muito mais intensa.</span></b> Essa é a hora de nos tornarmos mais introspectivas e de prestar atenção nos nossos sonhos. É hora de pegar o computador e se dedicar à criação, de ler um livro, de desenhar, de ficar quieta no nosso canto e de fazer rituais para as nossas Deusas, enfim, de cuidar de nosso santuário interior. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Lembrando que “<b><span style="font-family: Times;">na medida do possível</span></b>” aqui é a expressão mágica. Claro que nem sempre dá para fazer isso. Claro que, às vezes, no meio da <span class="il">TPM</span>, o chefe, a família, o banco, o exército e a marinha e a aeronáutica vão demandar nossa atenção. E aí não tem jeito, agente sai do casulo - com um humor terrível - e vai fazer o que é necessário. Mas devemos ter o compromisso de fazer <b><span style="font-family: Times;">APENAS O NECESSÁRIO.</span></b> Em dias de <span class="il">TPM,</span> não é o caso de nos martirizarmos porque deixamos de salvar o mundo. Tudo o que pudermos cancelar, postergar, passar a diante, passemos sem culpa. Aí, quando nosso corpo sair da <span class="il">TPM,</span> agente provavelmente conseguirá se tornar bem mais ativa, retomar o tempo perdido, produzir em triplo, em quádruplo se for necessário. No final das contas, provavelmente produziremos muito mais porque respeitamos nossos corpos. E ainda vamos ter passado por uma experiência de introspecção e reflexão que são essenciais para nós, que somos filhas das Deusas.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">E é claro que podemos continuar fazendo o que todas nós já fazemos: tomando ervinhas, meditando, usando cristais, fazendo exercícios, tendo uma alimentação e uma vida saudável. Tudo para o alívio da nossa <span class="il">TPM e a melhoria de nossa existência</span>. Mas lembrando sempre que esses remédios e métodos <b>não eliminam a necessidade de respeitar nosso próprios corpos e nossos próprios ritmos.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Eu sinceramente acho que nós mulheres temos de começar a nos permitir mais. Generalizando, parece que muitos de nossos colegas de trabalho homens não parecem ter 10% do complexo de culpa que nós temos por não sermos funcionárias padrão. Grande parte deles sabe projetar uma imagem excelente, super profissional, pois, de modo geral, são bem mais confiantes que nós e foram criados para serem os donos do mundo. Mas quando agente vai ver a planilha, os resultados concretos, muitas vezes produzimos muito mais. Com <span class="il">TPM </span>ou sem <span class="il">TPM. </span> E ainda levou os filhos para a escola, arrumou a casa, telefonou para a amiga, fez o imposto de renda, foi ao supermercado... E no entanto, somos nós que ficamos pedindo pelo amor de Deus para sermos aceitas, para sermos consideradas adequadas, para sobressairmos de alguma forma. Somos nós que lutamos contra os nossos corpos porque "não trabalhamos como um homem". E ainda ganhamos menos para exercer as mesmas funções, como nos informam as estatísticas nacionais e internacionais. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR">Claro que tudo isso é uma baita generalização :), mas o que eu estou tentando dizer é, fora fatores físicos mesmo, que podem ser contornados com tratamentos e uma vida mais saudável, eu acredito que <span class="il">TPM</span> <b>muitas vezes</b> é a voz da Deusa nos dizendo para nos respeitarmos e pedindo que nós contribuamos para uma sociedade mais em harmonia com os ciclos naturais femininos. De preferência sem perder o emprego ou matar o(a) parceiro(a), né? </span></div>Unknownnoreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-46427598102079052822010-04-19T09:51:00.001-07:002010-11-17T10:32:29.613-08:00Resenha - Wildfire<a href="http://1.bp.blogspot.com/_0H7RCli1-Yo/S8yKFtQM3II/AAAAAAAAAVo/5SS1ieYAhRs/s1600/wildifre.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461892278745095298" src="http://1.bp.blogspot.com/_0H7RCli1-Yo/S8yKFtQM3II/AAAAAAAAAVo/5SS1ieYAhRs/s400/wildifre.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 300px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 300px;" /></a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Acabo de ler um livro muito importante para minha formação diânica: <b>Wildfire</b>, de <i>Sonia Johnson</i>. Apesar de tê-lo achado muito agressivo, como nas partes em que ela fala que todos os nossos filhos, homens, são monstros e em outra em que ela diz que aids é doença de homossexual – ok, esse livro foi escrito na década de 1980 (rs) –, creio que é um livro muito inspirador, já que a idéia central dele é “fingirmos” que o patriarcado não existe para tentarmos criar uma realidade nova e diferente para as mulheres.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Como a própria autora diz, é um livro para quem quer se tornar livre e, segundo ela, primeiro precisamos nos libertar para depois ajudar a libertar a mente das outras pessoas. Precisamos nos desprogramar de toda a lavagem cerebral que o patriarcalismo nos causou. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por exemplo, o patriarcado nos ensinou a enxergar que a realidade está fora de nós, quando Sonia explica que a realidade, na verdade, está dentro de nós. Somos nós quem criamos essa realidade a partir de nossas expectativas e crenças, a partir daquilo que percebemos como possível. Portanto, segundo ela, no mesmo instante em que o patriarcalismo não estiver mais vivo em nossos corações e mentes, ele também não existirá mais como realidade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sonia faz ótimas observações sobre a militância feminista que realmente me surpreenderam. Por exemplo, diz que a resistência é uma forma de reconhecimento e de aceitação do fato de que não possuímos poder algum. Um simples exemplo de como nossos corpos não são de fato nossos é entregarmos a saúde de nossos órgãos a ginecologistas homens.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Lutamos para que as mulheres tenham direitos, no entanto não paramos para pensar que o sistema legal foi feito para manter o patriarcalismo intacto, já que as leis são feitas por homens. (Apesar de eu não votar, acredito que aqui se justifique a intenção de colocar mais mulheres na política. Aliás, numa pequenina nota de rodapé, Sonia diz que “se o voto mudasse alguma coisa, ele seria ilegal”.)</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Johnson diz que o sistema tirânico que existe, de dominação das mulheres por parte dos homens, é um acordo, e que ambas as partes seguem-no “com dedicação”. Sendo assim, só conseguiremos ser livres no momento em que nós mesmas nos libertarmos.</div><div style="text-align: justify;">A solução, segundo a autora, é: precisamos nos comportar como se o patriarcado não mais existisse agora, pois um dos crimes mais cruéis deste foi nos ensinar a projetar nossos pensamentos no futuro, em algo que ainda não existe. O futuro só será como queremos se agirmos como queremos que ele seja AGORA.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Uma das questões discutidas no livro, para a qual eu nunca havia tido uma resposta até agora, é o fato de algumas mulheres apanharem dos maridos e ainda assim não os abandonarem. Sei que há uma questão financeira atrás desse fato, na maioria das vezes, mas nunca entendi bem a questão psicológica, que semprei achei que existia. Ela explica que esse homem isola a mulher, para que ela só possa perceber a perspectiva dele e, quando ela sofre, mesmo que esse mesmo homem bata nela, como ela não tem nenhum outro de relacionamento para apoiá-la, como vítima, ela se agarra ao aspecto apoiador e positivo do marido.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Um outro mito interessante que a autora tenta desfazer é o da igualdade. Lutamos tanto por ela, mas toda igualdade requer comparação primeiro, e a comparação significa colocar-se diante de padrões externos, feitos por outras pessoas. Na opinião da autora, o conceito de igualdade é profundamente patriarcal e só é possível para mentes “dualísticas”.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Todos reconhecem que a mulher, atualmente, desempenha diversas tarefas, como a de mãe, profissional e amante. Esquecemo-nos, porém, que esse auto-sacrifício nos foi também imposto pelo patriarcado. Matar-se de trabalhar para ganhar dinheiro ou se matar para cuidar dos outros não são atos tão inocentes assim. A falta de tempo de que todos andamos reclamando tanto tem seu motivo, mesmo que oculto, de ser: manter todos aprisionados ao sistema patriarcal.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Precisamos parar de nos comportar como homens e aceitar que somos diferentes. Precisamos deixar de lado a culpa que o patriarcado colocou por sobre as mães. Precisamos começar a ouvir nossas próprias vozes novamente. O poder está dentro de nós. Só nós mesmas podemos mudar o mundo. Se não começarmos a nos levar a sério, ninguém o fará.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Danielle Sales</div>Green Womynhttp://www.blogger.com/profile/08027198919027933719noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-52607265185534086762010-03-16T14:17:00.000-07:002010-03-16T14:41:34.838-07:00Fontes sobre a Tradição Diânica Feminista e o Movimento da Deusa em Geral<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_0jvWuJDFqdo/S5_6_v2EF8I/AAAAAAAAAEQ/f3jMIEvuyTQ/s1600-h/arvore.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/_0jvWuJDFqdo/S5_6_v2EF8I/AAAAAAAAAEQ/f3jMIEvuyTQ/s320/arvore.jpg" /></a></div><br />
<br />
* <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dianismo">Dianismo na Wikipédia</a><br />
* <a href="https://docs.google.com/fileview?id=0B2GzEYoaUpAZNjBiZmU3MzQtZWI2Yi00ZDE5LTkyZmMtZWQ1MDYzYzJiMmIy&hl=en">Bibliogorafia sobre Tradição Diânica (em inglês)</a><br />
* <a href="https://docs.google.com/fileview?id=0B2GzEYoaUpAZNmJkOTc4YmUtODM4Yy00OTY5LWI1MDAtMzhmZWM5OTA3Zjdi&hl=en">Bibliografia sobre Espiritualidade da Mulher (em Português)</a><br />
* <a href="https://docs.google.com/fileview?id=0B2GzEYoaUpAZMjYxOWJmYzctMmY1Yy00MGZkLTg5YzktMzVmOTQyZjRlNTky&hl=en">Apostila sobre Tradição Diânica Feminista - sempre em revisão!</a><br />
* <a href="http://groups.google.com/group/tradicao-dianica-feminista">Grupo de Estudos sobre Tradição Diânica Feminista</a>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-89242224302965894262009-12-19T12:58:00.000-08:002009-12-19T13:14:59.140-08:00Espiritualidade Diânica<div align="center"><br /></div><div align="center"><br /><strong>Nascimento do Movimento de Espiritualidade das Mulheres</strong> </div><div align="center"><br /></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 268px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417057425409092610" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_6PzY6RVTQfo/Sy1BBxFmrAI/AAAAAAAAABQ/ncuM_MpuK58/s320/Goddesses.jpg" /> <p align="justify"><strong>Por Z Budapest<br /></strong><br /><em>(Traduzido por Aphrodisiastes)<br /></em><br />Eu tenho falado sobre o Nascimento do Movimento de Espiritualidade das Mulheres em meus discursos. Descrevi nosso primeiro Sabbath, no Solstício de Inverno, em 21 de Dezembro de 1971, em Hollywood, Califórnia; é deste ponto que eu dato o começo da espiritualidade das mulheres. Essa história está em meus livros, The Grandmother of Time (A Avó do Tempo) e Grandmother Moon (Avó Lua).<br /><br />Um assunto sobre o qual eu nunca falei foi como eu estive lá. O que me fez levantar esta bandeira da Deusa? O que me mantém conduzindo-a por todos esses anos? O que eu tirei disto, pessoalmente? É mais difícil falar sobre mim do que falar sobre filosofia, teologia, política, feminismo, qualquer coisa exceto minha jornada pessoal. Por que tenho sido tão tímida? Estou com vergonha? Por que?<br /><br />Mesmo agora, quando tento olhar pra trás e organizar minhas memórias, eu sinto uma pontada de “Humm, eu não importo, tudo que importa é a Causa.” Mas eu sei que estou mentindo. Esta mulher, eu, importava sim. Esta pessoa, a habitante deste corpo que é meu fiel esposo, merece um amoroso exame. Eu tenho que verter meu medo de minha própria humanidade e dizer toda a verdade que possa recordar.<br /><br />Como um fenômeno começa? Leva-se a mudança dos ventos históricos, primeiro do que tudo. A sub-era de Aquário que começou em 1962 deu-nos os ventos, idéias, sentimentos, e os Beatles, que colocaram isto na música. A Música se tornou um ato político. Sim, aqueles decisivos ventos históricos, controlados por ninguém, tinham que começar soprando, decidindo quais canções se tornariam as primeiras nas paradas de sucesso. Forças coletivas invisíveis estão trabalhando quando os ventos mudam, e nós os inalamos como a doce fumaça das ervas sagradas, sentindo-os expandir nossas mentes e horizontes, sentindo o vento alcançar uma geração viva e erguê-la. Foi um vento, e foi uma onda. Surfar na história é uma experiência pesada, especialmente quando isto conduz uma geração inteira de jovens a um mundo novo.<br /><br />Onde nós estávamos? Nós tínhamos acabado de sair dos anos Sessenta. A América estava mudando. Deus estava morto e as mulheres estavam marchando. Mulheres estavam marchando pela paz e liberdade para controlarem seus corpos, e eu estava marchando pela paz e pela liberdade da alma. Eu absorvi o passado feminista, li Susan B. Anthony, mas acima de tudo me modelei segundo Elisabeth Cady Stanton, a rebelde espiritual do século 19. Sua notável vida produtiva, um milagre por si só, fascinou-me. Esta mulher gerou sete crianças e escreveu todos os discursos para Susan B., sua melhor amiga. Uma solteirona, Tia Susan cozinhava e ajudava a cuidar de muitas crianças, apenas para deixar claro, ela fez com que um ótimo discurso sobre a luta pelos direitos de voto para as mulheres fosse levado às ruas. Eu li a respeito destas mulheres que tinham trabalhado muito por um direito que as demais mulheres deveriam agradecer agora, e gradativamente comecei a perceber que eu, também, tinha um destino.<br /><br />Também se leva um ano fatídico para uma única mulher gerar mudança. Para continuar nesta jornada uma mulher precisa de um desejo que seja incontrolável, um profundo desejo que se alimente na mais profunda fonte da psique humana, nas cavernas das Moiras. Daí em diante ela deve desistir de tudo que não a conduz a sua meta. Ela deve ter uma mudança total das circunstâncias, deixando para trás família e casa. Ela deve encarnar esta alta meta, respirá-la, vivê-la, manifestá-la. E ao fazer isso, ela dá a luz a si mesma. Para mim, isso significou deixar meu casamento, a Costa Leste, e a Cidade de Nova York.<br /><br />Eu tinha trinta anos de idade. A ignorância paralisante tinha feito do meu progresso através do meu primeiro Retorno de Saturno, uma batalha dolorosa. Eu não sabia que era normal na vida de alguém ficar preocupado aos vinte, pois todas as certezas se dissolvem. Eu não sabia nada do poder dos desígnios do destino. Eu estava mudando, mas não sabia como. Eu tive que deixar Nova York, a maravilha super-povoada, sem árvores e barulhenta na maioria das vezes. Nova York, aonde ir do ponto A ao ponto B era um esforço diário enorme, arremessando o corpo de alguém contra os tubos escuros de metal sob a estrondosa terra. No fedor de um lugar, onde os homens se aliviam na escuridão das ladeiras e corredores, qualquer um podia sentir o mau cheiro agressivo do patriarcado. O fato disto ser “normal”, permitido, e tolerado era profundamente ofensivo pra mim. Se mulheres tivessem urinado por todos os metrôs de Nova York, teria havia um protesto público por civilidade. Mas estava tudo bem para os homens. Não havia civilidade em Nova York. Ver um homem qualquer se expondo quando o trem se afasta, olhando diretamente em seu rosto, era quase preferível ao fedor de urina (especialmente no Verão).<br /><br />Eu não achei ninguém que me amasse em Nova York. Estava preparada para ter relacionamentos amorosos, para ser satisfeita na cama. A cultura encorajava o sexo. Sexo era glorificado em canções e em peças. Eu estava no auge da minha beleza, e ainda não conseguia achar uma parceira para amar. Verdade, eu fui casada, mas era o tipo de casamento Europeu, um de conveniência, no qual nós eramos livres para fazer o que desejássemos, romanticamente e sexualmente. Na Europa isto teria sido ideal. Lá, ter casos era o que mantinha os cônjugues juntos. Eu estudei teatro na Academia Americana de Artes Dramáticas e estava lendo tudo do Young, Kerenyi, Adler. Gradualmente comecei a entender bastante o significado da magia popular que havia encontrado na Hungria quando era criança. Minha mãe foi uma psíquica, e eu percebi que eu era a herdeira de uma tradição de poder feminino. Fui lentamente descobrindo o princípio feminino em minha própria pessoa. Ser uma mulher nunca foi uma dúvida pra mim, eu era feminina e esperta. Mas agora eu pertencia a um grupo maior de mulheres, o qual seus destinos afetavam o meu. O que quer que tivesse acontecido a este grupo de mulheres certamente estava acontecendo a mim. Que estranho. Ser mulher era agora uma coisa complexa, de fato, era totalmente revolucionário. Quem teria pensado que esta coisa simples, minha identidade feminina, poderia tornar-se tanto! Eu fiquei encantada com isto, aproveitei a atenção, e senti que estava ganhando confiança.<br /><br />Precisa-se de vontade comum de um pequeno grupo, que está de acordo com a mulher personificando a vontade, para criar uma “meta sagrada” ou uma “missão”. Mulheres são feitas para missões, ninguém pode advogar melhor do que uma mulher. Quando uma mulher começa alguma coisa, centenas de mulheres começam alguma coisa, milhares de mulheres começam alguma coisa, e isso cresce, e o fenômeno se revela. Uma missão é alimento para a vida – o alimento da alma. É quando a alma é reconhecida pela mulher vigorosa e é bem-vinda. Missões são história. Missões são necessárias. Se você não tem a energia para advogar por si mesma, ninguém mais o fará. É por isso que as mulheres devem advogar elas mesmas: os homens nunca farão isto (veja na própria história). Muitos pensam que nós já conseguimos ir muito longe com esta coisa de “liberação das mulheres”. Eu digo que não fomos longe o suficiente.<br /><br />Qual era a missão? Quando todos aqueles fatores se uniram – o novo movimento de Liberação das mulheres, minhas leituras sobre o Movimento de Direitos das Mulheres, psicologia Jungiana e mitologia – eu percebi que o que o Movimento estava precisando era de uma dimensão espiritual. Nós precisavamos recuperar a Deusa para as mulheres e gerar uma nova cultura pacífica que incluísse as artes sagradas. Nós precisavamos suscitar os veneradores da natureza, devotos da Deusa, e encher essas atividades com energia. Trazer recurso para as mulheres assim como fazer das mulheres um importante recurso para o país. Trazer devolta a Senhora, a Grande Deusa que eu tinha venerado como a “Mulher Feliz” e “Boldogasszony” quando era criança.<br /><br />Não poderia fazer isso em Nova York. Deixando tudo pra trás, eu parti para a Costa Oeste e terminei no Sul da Califórnia. Quando coloquei meus pés pela primeira vez no primeiro Centro de Mulheres (apenas com seis meses de inaugurado), em Crenshaw Boulevard em Los Angeles, um evento histórico e decisivo aconteceu. O Feminismo encontrou a Bruxaria. Deveria ter havia um rufar de tambor quando eu entrei , uma bruxa hereditária da Europa Central onde as fadas uma vez dançaram. A arte popular e as canções populares com as quais eu fui criada reverberaram em minha memória quando escutei música Mexicana nos arredores do Mission District no centro da cidade de Los Angeles. Esta fusão do antigo e do novo – da tradição da bruxa Européia e do feminismo do século vinte – foi uma audaciosa mistura. Isto deu dentes ao feminismo e relevância à bruxaria. Nunca houve uma bruxa feminista antes.<br /><br />O conceito foi tão estranho, e ainda tão natural. Todos viam a bruxa como um arquétipo, uma megera com um chapéu pontudo voando em uma vassoura. O arquétipo feminista não era mais animador, a imagem de uma “Mulher Libertária” era a de uma mulher nada atraente com uma grande boca, um monte de palavras sabichonas, com confortáveis sapatos. Mulheres fora de controle. Irmandade, um grupo de lésbicas. Lugar onde os “espadas” vão para morrer. Primeiramente, Feminismo e Bruxaria não gostaram um do outro. As feministas diziam que elas não precisavam de nenhuma religião – que religião é sempre ruim. As bruxas diziam que elas não precisavam de políticas, muito obrigada. Eu estava ficando entre elas, internalizando ambas sem qualquer problema, e sabia que elas teriam que se misturar umas as outras se a revolução das mulheres desejasse durar.<br /><br />Políticas/ativismo como um modo de vida é importante, mas acaba com as pessoas. É onde os movimentos mais erram. Conseqüentemente, há muito trabalho e nenhum divertimento, e as pessoas voltam para casa. O que uma mulher faz depois de panfletos e tumultos e de trabalho duro? Vai beber? Fumar um “baseado”? Isto vai preencher o vazio? Dificilmente.<br /><br />Eu já tinha visto mais história de perto do que muitos. A Segunda Guerra Mundial aconteceu antes que eu aprendesse a andar. O ambiente sustentador de minha infância foi destruído. Eu aprendi a andar e a falar em um abrigo subterrâneo, o lugar onde nós habitualmente guardavamos nosso carvão para o inverno. Nós éramos bombardeados várias vezes ao dia. De manhã, eram os Alemães, de tarde os Russos. Por volta das 4:00 da madrugada, os pesados aviões Americanos de bombardeio voavam sobre nossa cidade como se fossem a própria morte com asas. Eu me deitei rezando para que eles não destruíssem nada na minha casa, para que então, um dia, pudessemos sair dali. Sim, eu conhecia a história e o que estas decisões significavam, humanos contra humanos, fogo e pobreza, mulheres arrastadas para serem estupradas, água suja, diarréia, pessoas como minha avó morrendo de fome. Eu estava muito ciente da história.<br /><br />Eu cresci durante a Ocupação Comunista da Hungria. Quando a Revolução Húngara rompeu em 1956, eu tinha desesseis anos. Compartilhe da excitação extasiante de se erguer contra o oppressor e o horror de ver meus colegas de classe assassinados quando os Comunistas revidaram. Eu sai da Hungria e escapei pela fronteira, determinada a ser livre.<br /><br />Embora muitas das pessoas que eu conheci em Los Angeles naqueles dias não tivessem tido uma infância tão excitante, nós fomos uma interessante geração. John Lennon, dos Beatles, nasceu no mesmo ano que eu, Ringo Starr também, foi um ano decisivo para muitos de nós. Nós éramos a Geração da Semente. Nossos pensamentos e sentimentos sobrevivem nas canções dos Baby Boomers¹. Foi esta geração semeadura que criou o conteúdo emocional para a vinda da enorme explosão musical, cultural e sexual.<br /><br />Assim como muitas coisas, nosso movimento não foi planejado. Ele apenas brotou. Uma semente sabe que vai ser uma árvore quando brota no solo? Foi assim conosco. As mulheres que vieram à loja de velas Feminist Wicca estavam famintas por conhecimento, por poder, por ritual. Nós costumávamos converser sobre como seria celebrar os Mistérios das Mulheres do jeito que nossas antigas mães celebravam há muito tempo atrás. Pessoas diziam que não se podia mas fazer isto nos dias de hoje, mas por que não?<br /><br />Eu decide que havia chegado a hora. Em 21 de Dezembro de 1971 eu disse que ia fazer um ritual para celebrar o retorno da luz. Mulheres que quisessem se juntar a mim deveriam ir ao meu flat em Hollywood ao pôr-do-sol. Eu não sabia quem apareceria, mas a Deusa sabia. Quando começou a escurecer havia seis mulheres na sala, seis ótimas amigas trançando as cintas das bruxas com lã vermelha, a cor da vida e do sangue. Minha mãe tinha me ensinado a fazer um círculo, a dar as mãos e deixar a energia crescer. Nós chamamos as ancestrais para se juntarem a nós. Uma das mulheres começou a cantar.<br /><br />Juntas, nós rezamos e nós cantamos, chamando a Deusa para pegar a semente dos mistérios das mulheres do passado e cultivá-la como uma religião de mulheres indígenas. Nós rezávamos por justiça social e pelas bênçãos da terra. Queríamos alguma coisa que fosse ao mesmo tempo tradicional e revolucionária. Nós estávamos removendo o antigo poder do deus masculino sobre as mulheres. Quando tínhamos terminado de abençoar todas e tudo nós podíamos perceber que aquilo era necessário, nós saímos ao ar livre. Até então não tivemos nenhuma chuva naquele inverno, mas naquele momento conseguímos ver que as nuvens estavam sobre nossas cabeças. Eram lindas, girando com as formas de espíritos. Nós levantamos nossas mãos ao céu, e uma suave e saudável chuva começou a cair.<br /><br />Depois disso, nós sabíamos que tivemos alguma coisa boa. Aquele primeiro ritual deixou-nos elevadas por dias. O que falavam era que bruxas davam ótimas festas, mas nós todas sabíamos que estavamos fazendo algo mais. Um pequeno grupo de nós começou a se reunir para rituais e cada vez que nos encontrávamos, haviam mais mulheres. Quando super-lotamos o apartamento, começamos a realizar rituais ao ar livre. Costumávamos nos encontrar na praia. Cavavamos a areia e colocavamos nossas velas lá, protegidas do vento. As mulheres trouxeram flores, cristais, fotos de antepassados falecidos.<br /><br />A Deusa nos ensinou como venerá-la e nós ensinamos umas as outras. Eu aprendi como esclarecer o que era necessário, e a necessidade me ensinou como ser uma sacerdotisa. Nenhuma de nós queria uma hierarquia – este era o antigo estilo masculino do qual nós estavamos tentando nos livrar. Não seria bom se eu tentasse dizer a alguém o que fazer. Mas eu achei que podia conseguir com que todas participassem, observando a energia coletiva, aceitando o que as diferentes mulheres estavam fazendo e liderando o grupo para apoiá-las. “A Deusa está viva!” eu gritava, “A Magia está em ação!” A Religião não deveria ser séria; deveria ser extasiante. Deveria ser um poder que queima em seu ventre e canta em sua alma. Nós gritávamos, nós uivávamos, nós cantávamos. Sentíamos o poder da face feminina de Deus e Ela era impressionante. Tivemos um ótimo tempo, e nossos números cresceram e cresceram.<br /><br />Este foi o começo. Muitos livros depois, publiquei Summoning the Fates (Convocando as Deusas do Destino²), no qual eu entendi muito mais sobre como a mão das Deusas do Destino organizam a vida de alguém de acordo com a missão destinada. Destinos e vida são conceitos permutáveis. Podemos fazer planos; as Deusas do Destinos vêm de qualquer jeito e finalizam.<br /><br />Desde que eu entrei no terceiro destino em minha vida, as Deusas do Destino se tornaram entidades confortantes. Quanto mais você aprende sobre elas, mais você aprecia a si mesma, e mais felicidade e paz metal você alcança.<br /><br /><em>Nota da Tradução:</em><br /><br /><em>¹</em> <em>Pessoas que nasceram durante o período democrático após a Segunda Guerra Mundial.<br /><br />² Conhecidas em Inglês como Fates, Moiras na mitologia grega e Parcas na mitologia Romana, eram três Deusas mitológicas que regiam os destinos das pessoas e dos Deuses. </em></p>Aphrodisiasteshttp://www.blogger.com/profile/05373650279879261831noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-41425005043828767402009-11-08T11:10:00.000-08:002010-11-22T17:03:16.813-08:00A Sujeira Contra a Tradição Diânica<a href="http://4.bp.blogspot.com/_6PzY6RVTQfo/SvcaVwL_BbI/AAAAAAAAABI/h1uaNFSl4FU/s1600-h/Raffaello%2520-%2520The%2520Three%2520Graces.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5401815239068943794" src="http://4.bp.blogspot.com/_6PzY6RVTQfo/SvcaVwL_BbI/AAAAAAAAABI/h1uaNFSl4FU/s320/Raffaello%2520-%2520The%2520Three%2520Graces.jpg" style="display: block; height: 320px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 309px;" /></a> <br />
<div></div><div align="center"><b>(por Z Budapest)</b></div><br />
<div><br />
<div style="text-align: justify;">Ouvi que alguns dos maliciosos e antigos mitos estão vivos. Decidi atacá-los de frente desta veste. </div></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>1. Tradição Diânica é só para lésbicas.</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Este é um mito que tenta dividir as mulheres, colocando-as contra elas mesmas. Um velho golpe. No passado isso funcionava, mas não funciona mais. Orientação Sexual não é de nenhuma importância quando você está aprendendo um caminho espiritual. Mulheres são Mulheres, você ama quem você quer. Naturalmente, historicamente, quando eu revivi os Mistérios das Mulheres, havia meio a meio, mulheres gays e mulheres heterossexuais, venerando juntas. Mas desde que eu não perguntasse quem está dormindo com quem, o que pode ser um pouco fora de propósito.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>2. Um círculo só de mulheres não é equilibrado.</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Um mito muito estranho. Como se ter um pênis em um círculo fosse equilibrar. Ocultar esta observação é hostilizar as mulheres porque elas reivindicam seu próprio espaço. Clamar alguma coisa sem homens parece enraivecê-los e fazê-los inventarem mentiras. Mulheres foram ignoradas e suas tradições foram enterradas profundamente, mas desde os anos 70 a tradição vem sendo recuperada e isto é bastante satisfatório. As Mulheres podem relaxar psiquicamente quando estão umas com as outras, podem ser elas mesmas. Quando você coloca um homem dentro do círculo, ambos os sexos atuam de modo diferente. Nenhum dos dois se comporta de forma autêntica. Um círculo só de mulheres é perfeitamente equilibrado porque a totalidade psíquica não depende da genitália.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>3. Diânicas podem criar poder, mas elas não sabem como enviá-lo.</b> </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Este mito deve vir de um homem que obviamente não teve experiência em nos observar. Diânicas são especialmente boas em enviar energia, mesmo participando de feitiços políticos quando as mulheres mais precisam de proteção. Nossos feitiços se materializam na maioria das vezes. Regularmente amaldiçoamos estupradores e assassinos em massa; os homens que foram amaldiçoados não se safaram de seus crimes. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>4. Diânicas odeiam homens. </b></div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b>Esta é a mais poderosa acusação para dividir as mulheres. Nós todas nos espantamos quando ouvimos isso porque o que diz é que estamos odiando nossos próprios filhos. Este é o resultado da audácia das mulheres em reivindicar nosso próprio espaço para venerar nossa Deusa. Nós somos as doadoras de vida, somos as criadoras de filhos e filhas, não há ninguém na terra que não veio de nossos ventres. Como ousam ser tão inseguros a ponto de chamarem suas próprias mães disso! Os homens têm seus sacerdócios, seus papas e aiatolás, têm seus fanáticos religiosos, Osama Bin Laden, e homens-bomba, seus clubes somente para homens e seus grupos dominantes para garotos. Homens não acusam outros homens de odiarem mulheres, mas deveriam. É uma estranha e enganosa proteção para as mulheres, na verdade. Para nos menosprezar, nos chamam de certos nomes apenas porque queremos venerar sem homens, é absurdo. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(Traduzido por Aphrodisiastes)</div><br />
<div></div>Aphrodisiasteshttp://www.blogger.com/profile/05373650279879261831noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-40479563046313873812009-11-07T14:20:00.000-08:002009-11-07T21:08:56.148-08:00Tradição Diânica - Panorama da Tradição Diânica Feminista de Bruxaria Wicca<div align="center">Tradição Diânica</div><div align="center"></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 256px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5401491209917039218" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_6PzY6RVTQfo/SvXzoxiAAnI/AAAAAAAAABA/Iug2VKDwSfk/s320/goddessdiana.jpg" /><br /><div align="center"><br />Panorama da Tradição Diânica Feminista de Bruxaria Wicca</div><br /><div align="justify"><br />A Tradição Diânica Feminista de Wicca/Bruxaria é a denominação da “Antiga Religião” Neopagã, centrada na mulher e na Deusa. A Tradição Diânica foi fundada pela autora, ativista feminista e fundadora do Movimento de Espiritualidade das Mulheres Zsuzsanna “Z” Emese Budapest em 1971, em Venice Beach, Califórnia. (1)</div><p align="justify">No solstício de inverno de 1971, Z Budapest também fundou o primeiro coven Diânico, chamado Coven Susan B. Anthony Número Um. (1) Este coven ainda existe, e tem expandido suas influências globalmente assim como virtualmente com uma presença virtual dentro da Universidade Online de Wicca Diânica, de Z Budapest (2), um blog chamado “Deusa” (3) e uma revista mensal chamada “Deusa”. (4)</p><p align="justify">De 1971 até 1980, Z Budapest serviu como fundadora e alta-sacerdotisa do Coven Susan B. Anthony Número Um, mas em 1980 ela tomou a decisão de se mudar de Venice Beach, no Sul da Califórnia, para Oakland, no Norte da Califórnia. A posição de Alta-Sacerdotisa do Coven Susan B. Anthony Número Um foi passada à Ruth Barrett por Z Budapest.</p><p align="justify">Ruth logo renomeou o coven como Grove Bétula da Lua, e então cinco anos mais tarde renomeou-o novamente como Círculo de Aradia; o qual existe até os dias de hoje. (5)</p><p align="justify">Como o mais renomado coven mundial, o Coven Susan B. Anthony Número Um foi ressuscitado por Z Budapest em 2007 e agora tem uma presença global, como um coven real e virtual oferecendo um programa de Treinamento de Sacerdotisa no Sacerdócio da Wicca Diânica. (6) </p><p align="justify">Antes de 1980, não havia ordenações na Tradição Diânica. Apenas após Z Budapest ter ordenado Ruth Barrett, ela percebeu que havia outras valiosas mulheres que estavam criando comunidades Diânicas seguindo seu exemplo e praticando seus ensinamentos.</p><p align="justify">Z decidiu estabelecer o que veio a ser conhecido como “Reinados da Rainha”. Entre 1980 e 2009 (até hoje), Z Budapest concedeu treze ordenações de Alta-Sacerdotisa no Reinado da Rainha. Este Reinado requer dez anos, cada Alta-Sacerdotisa deve treinar e ordenar ao menos uma outra Alta-Sacerdotisa. A falha ao fazer isso resulta na perda da “coroa” da Alta-Sacerdotisa e esta não é mais reconhecida, pela linhagem associada a Z Budapest, como uma Alta-Sacerdotisa ativa. </p><p align="justify">E aquelas que clamam que são as verdadeiras seguidoras da Tradição Diânica? </p><p align="justify">Z encontrou Morgan McFarland quando o Movimento de Espiritualidade das Mulheres ainda era recente, durante a viagem que Z e Helen Beardwoman fizeram ao redor dos Estados Unidos. McFarland nunca foi coroada ou ordenada por Z. Budapest. Naquele tempo, ela encontrou Z, ela tinha um coven ativo só para mulheres que praticavam juntas no estado do Texas, mas de acordo com Z, o marido de McFarland estava lá também. McFarland, segundo Z, praticava uma mistura das tradições Diânicas e Gardnerianas.</p><p align="justify">Morgan McFarland levou a tradição Diânica por um rumo que nunca foi destinada a ir, ao admitir homens em suas aulas e em seu espaço de veneração. De fato, Morgan McFarland foi tão longe que ordenou seu marido na sua visão de tradição Diânica, assim criando o início da controvérsia e das questões do separatismo. Morgan McFarland então rapidamente se divorciou de seu marido, mas ele continuou a ensinar e a propagar sua própria marca de filosofias Diânicas. Desse modo, a tradição Diânica de Morgan McFarland não é a mesma que a tradição Diânica de Z Budapest. </p><p align="justify">Com o resultado da criação da tradição Diânica McFarland, a tradição Diânica tem tido que se redefinir para se distanciar dos McFarlands. Desse modo, você verá referência à Wicca Feminista, Diânica Feminista, Tradição Diânica e Bruxaria Feminista, as quais são todas as mesmas da tradição de Z Budapest, centrada nas mulheres e só para as mulheres.</p><p align="justify">Existe outra tradição que admite homens, a qual foi fundada por Ann Forfreedom em Oakland, Califórnia. Esta tradição não é reconhecida na linhagem da tradição Diânica de Z Budapest. Não surpreende que esta versão da tradição Diânica tenha também insinuado questões inflamadas sobre separatismo e lesbianismo. </p><p align="justify">Tudo isso nos trás ao próximo tópico, qual delas é a tradição Diânica que não e nunca foi separatista, nem somente para lésbicas. O que tem ocorrido é uma teologia centrada nas mulheres que foca somente nos mistérios das mulheres. A tradição Diânica reconhece a existência dos mistérios dos homens e encoraja os homens a aceitá-los.</p><p align="justify">A tradição Diânica de Z Budapest é muito específica neste tópico. Ela pode ser citada assim como declara, “Nós sempre reconhecemos, quando nós dizemos “Deusa,” que Ela é a doadora da Vida, a sustentadora da Vida. Ela é a Mãe Natureza.” (7)</p><p align="justify">“Há somente dois tipos de pessoas no mundo: as mães e suas crianças. As Mães podem dar a vida a outro tão bem quanto os homens, que não são capazes de fazer o mesmo a eles mesmos. Isto constitui uma dependência na Força de Vida Feminina para a vida renovada, e isso foi aceito naturalmente nos tempos antigos por nossos antepassados como um dom sagrado da Deusa. Nos tempos patriarcais este dom sagrado foi usado contra as mulheres, usado para forçá-las a desistirem de seus papéis de independência e poder.” (8) </p><p align="justify">“Nossos filhos homens, nossas Crianças Sagradas, não eram criados como traidores [referência a palavra warlock], mas como amantes da vida, amantes das mulheres, irmãos ou amantes uns dos outros, ajudantes da Deusa em sua habilidade mais essencial de criação. Os Filhos de mães na veneração da Deusa tornaram-se Kouretes, membros do sacerdócio a serviço da Deusa.”(8)<br /></p><p align="justify">Assim foi estabelecido por Z Budapest, no início da Tradição Diânica, que existia uma contra parte, uma tradição só de homens conhecida como Kouretes. A tradição Diânica não adota o separatismo, pelo contrário, ela aceita as diferenças entre masculino e feminino como dadas pela Deusa, a Mãe Natureza. </p><p align="justify">Praticar a Bruxaria Diânica não impede qualquer mulher de também participar auspiciosamente de outras tradições com homens. A tradição Diânica simplesmente afirmou que é uma identificação pura tudo aquilo que é feminino, através das mulheres nascidas mulheres, dentro da sagrada e divina veneração da Deusa. Separatismo de forma nenhuma tem base dentro da original tradição Diânica fundada por Z Budapest.<br /><br />Referências: </p><p><br />1. Budapest, Zsuzsanna. <a href="http://zbudapest.com/holy-book-womens-mysteries.html" target="_blank">The Holy Book of Women's Mysteries</a>. Red Wheel/Weiser, 2007, page xvi.<br /><br />2. Dianic Wicca University Online (<a href="http://wicca.dianic-wicca.com/" target="_blank">http://wicca.dianic-wicca.com/</a>)<br /><br />3. Goddess blog (<a href="http://%20the-goddess.net/goddess" target="_blank">http://%20the-goddess.net/goddess</a>)<br /><br />4. Goddess magazine (<a href="http://issuu.com/zbudapest/docs/goddess" target="_blank">http://issuu.com/zbudapest/docs/goddess</a>)<br /><br />5. Falcon River (2004) <a href="http://www.witchvox.com/va/dt_va.html?a=uswi&c=trads&id=8451" target="_blank">The Dianic Wiccan Tradition</a>. From The Witches Voice. Retrieved 2009-07-05.<br /><br />6. Susan B. Anthony Coven Number One (<a href="http://www.dianic-wicca.com/" target="_self">http://www.dianic-wicca.com/</a>)7. Budapest, Zsuzsanna. <a href="http://zbudapest.com/holy-book-womens-mysteries.html" target="_blank">The Holy Book of Women's Mysteries</a>. Red Wheel/Weiser, 2007, page xvii.8. Budapest, Zsuzsanna. <a href="http://zbudapest.com/holy-book-womens-mysteries.html" target="_blank">The Holy Book of Women's Mysteries</a>. Red Wheel/Weiser, 2007, page 183. </p><p>(Traduzido por Aphrodisiastes)</p><p> </p>Aphrodisiasteshttp://www.blogger.com/profile/05373650279879261831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-84541965080819638022009-11-03T02:50:00.000-08:002010-11-22T17:06:04.762-08:00Tradição Wicca Diânica por Bruxas Feministas que Veneram a Deusa (por Z Budapest)<a href="http://3.bp.blogspot.com/_0H7RCli1-Yo/SvAOlNck0WI/AAAAAAAAAT0/pbx7vFZgV0w/s1600-h/Z68lg.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399831985644687714" src="http://3.bp.blogspot.com/_0H7RCli1-Yo/SvAOlNck0WI/AAAAAAAAAT0/pbx7vFZgV0w/s400/Z68lg.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 292px;" /></a><br />
(Tradução de Aphrodisiastes)<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Esta é uma tradição somente para mulheres. Praticamos os Mistérios das Mulheres. Celebramos as estações da vida e nosso lugar no círculo do renascimento.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esta tendência de veneração, mulheres juntas em oração, está presente em todas as tradições étnicas. Os Mistérios Espirituais das Mulheres é a essência da comunidade, onde mulheres cuidam de questões importantes, abençoam as crianças e a casa, providenciam proteção psíquica contra coisas ruins, mesmo fazer chover se houvesse uma seca.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esta atividade somente das mulheres criou uma rica cultura de bordado, arte de cozinhar e assar, festejar e dançar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Entendemos a Deusa como um Fluxo circular/Origem de toda a vida. Vemos o masculino e o feminino unidos na Mãe que pode criar iguais a Ela (filhas) e diferentes Dela (filhos). Ela é a Árvore da Vida.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por essa razão em seus olhos todas as criaturas vivas partilham Sua essência divina. Ela é o começo e Ela é o fim. Além da Mãe Natureza há mais natureza. Ela é perpétua e auto-gerada.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O círculo dentro do círculo, Seu símbolo é a espiral assim como nosso DNA, tudo vem Dela e tudo a ela retorna, no final. Em outras palavras, nós concordamos com o novo cientista que vê o universo como uma imensa entidade reciclável, tudo que nós vemos fora há, também, dentro de nós, nós somos feitos da mesma matéria que as estrelas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Somos as crianças das estrelas, raras, complexas e belas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Como diz minha canção, que é bem conhecida no mundo todo:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">“Nós viemos da Deusa</div><div style="text-align: justify;">E a ela retornaremos</div><div style="text-align: justify;">Como uma gota de chuva</div><div style="text-align: justify;">Fluindo para o oceano.”</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A Deidade </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nós honramos o Princípio Feminino do Universo de dez mil nomes. Isto é muito importante. É onde somos diferentes das demais tradições e religiões. Muitas das religiões têm um tipo de panteão com um nome importante ou um código para a deidade. Nós, como mulheres, não somos obrigadas a esse modo rígido.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Cada cultura tem dado à Deusa um nome com suas próprias imaginações, e isto continua a acontecer sempre.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Porém, nós somos humanos e precisamos quebrar este conceito em aspectos com os quais possamos nos conectar. Desde que entendemos a Mãe Natureza como Deus, Suas estações, sua natureza, todos os merecidos e diferentes aspectos se completam com nomes e características, refletindo nossa aventura terrena do berço até a sepultura.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Os aspectos frequentemente mais invocados são: a Deusa Donzela: Diana – Ártemis – Luna – Atena... a Deusa Rainha Mãe: Hera – Juna – Minerva – Nu Qua – Kwan Yin... a Anciã: Hecate – Magera – Kali – Innanna.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O que é UMA BRUXA DIÂNICA?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Uma mulher que venera a Deusa em suas muitas faces. Diânicas não têm que ser leais a apenas um aspecto da Deusa, você pode se conectar a quaisquer deles, a qualquer hora.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Você pode pesquisar e encontrar aspectos do Princípio Feminino do Universo que nós nunca ouvimos antes. No final, vemos todos os aspectos da Deusa como um só. Diânicas não são inseguras se você atende alguma igreja patriarcal, se você venera quaisquer outros deuses, mesmo deuses masculinos, pois a prática pessoal delas é a Deusa e somente para mulheres.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É importante que as mulheres tenham alguma coisa só delas, sua própria espiritualidade, sua própria cultura, seu valioso self interior. A Tradição Diânica promove a força nas mulheres e uma visão delas mesmas como divinas e completas/seres humanos inteiros.</div>Green Womynhttp://www.blogger.com/profile/08027198919027933719noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-66627935803738891302009-11-02T12:17:00.000-08:002010-11-22T17:05:11.918-08:00<div align="center"><span style="font-family: verdana;"><b>Manifesto Susan B. Anthony Coven Número 1</b></span></div><div align="center"><b><span style="font-family: Verdana;"></span></b></div><br />
<div align="center"></div><b><span style="font-family: Verdana;"></span></b><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399606589192060434" src="http://1.bp.blogspot.com/_6PzY6RVTQfo/Su9BlaOmvhI/AAAAAAAAAA4/YbXMIsKMKWE/s320/sbanthony_hws_400w1.jpg" style="display: block; height: 234px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 273px;" /> <br />
<div align="center"></div><div style="text-align: justify;">Nós acreditamos que bruxas feministas são mulheres que buscam dentro de si mesmas pelo princípio feminino do universo e que se relatam como filhas da Criadora.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nós acreditamos que, assim como é tempo de lutar pelo direito de controlar nossos corpos, é também tempo de lutar pelas nossas doces almas de mulher.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nós acreditamos que em ordem a lutar e vencer uma revolução que se estenderá por gerações futuras, nós devemos encontrar modos seguros para reforçar nossas energias. Acreditamos que sem uma base na força espiritual das mulheres não haverá vitória para nós.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nós acreditamos que somos parte de uma consciência universal mutável que tem sido há muito tempo temida e profetizada pelos patriarcas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nós acreditamos que a consciência na Deusa deu à humanidade um período pacífico, duradouro e funcional durante o qual a Terra era tratada como Mãe e as mulheres eram tratadas como Suas sacerdotisas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nós acreditamos que as mulheres perderam a supremacia através das agressões dos homens que foram exilados das matriarcas e formaram as hordas patriarcais responsáveis pela invenção do estupro e da subjugação das mulheres. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nós acreditamos que o controle feminino do princípio da morte permite a evolução humana.</div><div style="text-align: justify;">Nós somos comprometidas a vencer, sobreviver e a lutar contra a opressão patriarcal. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nós somos comprometidas a defender nossos interesses e aqueles de nossas irmãs através do conhecimento da bruxaria: de bênçãos, maldição, cura e de amarração com o poder enraizado na sabedoria identificada nas mulheres. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nós somos igualmente comprometidas a soluções políticas, comunais e pessoais. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nós somos comprometidas a ensinar as mulheres como se organizarem como bruxas e a compartilharem nossas tradições com as demais mulheres.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nós nos opomos a ensinar nossa magia e nossa arte aos homens até que a igualdade dos sexos seja uma realidade </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nossa meta imediata é nos reunirmos umas as outras de acordo com nossas antigas leis femininas e lembrar nosso passado, renovar nossos poderes, e afirmar nossa Deusa de Dez Mil Nomes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Z. Budapest</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><i>(Traduzido por Aphrodisiastes)</i> </div>Aphrodisiasteshttp://www.blogger.com/profile/05373650279879261831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2276194527557166783.post-85109010287509849852009-11-02T09:27:00.000-08:002010-11-22T17:04:23.059-08:00Autobênção da Tradição Diânica Feminista<div style="text-align: justify;"><i>Por Z. Budapest</i> (<b>Traduzido por Aphrodisiastes</b>) </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pedimos para que as mulheres ficassem em frente a um espelho alto, nuas, e se abençoassem com água consagrada, uma mistura de água e vinho. Ambos são símbolos de transformação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Então molhando seus dedos na água consagrada, toquem os cinco pontos em si mesmas, enquanto todas nós cantamos a canção de Bênçãos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Primeiro a cabeça. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Abençoe-me mãe pois sou sua filha. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esta bênçao é recebida com os braços estendidos, abraçando o invisível. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Isto é importante. Nós nos declaramos as filhas da Grande Mãe, não de um pai, Uma forte heresia. É quando a magia começa. A auto-transformação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Abençoe meus olhos para ver seus caminhos!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">As mulheres tocam seus olhos, demorando-se um pouco na da escuridão atrás de suas palmas. Quantas vezes nós não vemos? Nós vemos o planeta em sua beleza, com nossos sentidos, e sem eles? Nós SABEMOS quem ela é, esta entidade invisível e onipresente, este planeta do qual compartilhamos a mesma origem? Quão importante é isto? Nós somos feitas da mesma matéria que as estrelas. Primatas lunares, que chegaram à cena histórico-geológica há apenas alguns minutos, e já invadimos a Terra com nossa espécie. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nós precisamos VER seus Caminhos. </div><div style="text-align: justify;">Respeitar, ajustar, florir. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Abençoe meu nariz para sentir seu perfume.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aqui nós estamos falando de sentir o cheiro da vida ao redor de nós. Os cheiros têm designado muitas células cerebrais, cheirar fornece profundo conhecimento. Seu perfume é agradável para nós. É estimulante e prazeroso. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Abençoe meus lábios para falar de seu nome.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Tocando os lábios, umidecendo-os com vinho e água. Suco da vida e da alegria.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aqui as mulheres inspiram profundamente. Todos os nossos medos de câncer sobem para nossas gargantas enquanto nós cantamos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Abençoe meus seios, formados em Força e Beleza.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Verdadeiramente abençoe seus seios. Seios mamíferos. Seios que preservam as espécies. Mal faladas e criticadas tetas. Muito grandes, muito pequenas, muito velhas, muito jovens. Nunca boas o bastante, pobre tetas. Elas precisam ser operadas. Elas precisam ser erguidas. Elas precisam de correção; elas não são boas o bastante. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se as mulheres gastassem o dinheiro que gastam para “corrigir” suas tetas segundo os fascistas da moda atual, com CONHECIMENTO, nós já poderíamos ter encontrado a cura para o câncer. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Abençoe suas tetas com saúde. Para força, e beleza. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Abençoe meu ventre para Prazer e Vida</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ohh, ohhh o VENTRE! Pobre ventre que tem travado uma Guerra diariamente. Ventre que é o centro da transformação, onde nós colocamos nosso sangue e conseguimos energia para viver e amar, e fazer dinheiro. Alimento iguala-se a vida, iguala-se a uma barriga feliz.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Milhões de dolares são gastos em lopoaspiração, dietas, academias. Nós achamos que temos que ocupar menos espaço no universo. Acreditamos que ter uma barriga plana nos trará amor. Tem sido assim desde que eu vim para este país. Eu vivi no padrão por um mês, perdi a gordura da minha segunda gravidez, fiquei magra. NÃO importou! Nada mudou! Você pode ser magra e muito infeliz. Muito só!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Abençoe meus pés para andar em seu caminho.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aqui está. A missão. Encontrar sua missão, e seguir a felicidade, trilhar o caminho da Paz. Mas guerras nos seguem, e agora a mudança do clima está chegando. Povos mais antigos têm a esperança de que não verão isso, a Vovó aqui se preocupa e acha que verá isso, e perecerá. Como aqueles esqueletos de Pompéia, que não escaparam como o resto dos civis. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mulheres querem trilhar o caminho da paz. Frequentemente, nós não sabemos como. Nós atacamos umas as outras, aceitamos a mentira de que mulheres precisam de homens para sobreviver emocionalmente, e então nunca podemos ser amigas, somente concorrentes. Se você é gay, pelo menos isto não é uma pressão. Uma panelinha atrás da outra.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Finalmente o ritual termina como começou. Braços ao céu, cantando…</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Abençoe-me, Mãe, pois sou sua filha!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aceitando a transformação, sentindo a conexão o divino.</div>Green Womynhttp://www.blogger.com/profile/08027198919027933719noreply@blogger.com0