Panorama da Tradição Diânica Feminista de Bruxaria Wicca
A Tradição Diânica Feminista de Wicca/Bruxaria é a denominação da “Antiga Religião” Neopagã, centrada na mulher e na Deusa. A Tradição Diânica foi fundada pela autora, ativista feminista e fundadora do Movimento de Espiritualidade das Mulheres Zsuzsanna “Z” Emese Budapest em 1971, em Venice Beach, Califórnia. (1)
No solstício de inverno de 1971, Z Budapest também fundou o primeiro coven Diânico, chamado Coven Susan B. Anthony Número Um. (1) Este coven ainda existe, e tem expandido suas influências globalmente assim como virtualmente com uma presença virtual dentro da Universidade Online de Wicca Diânica, de Z Budapest (2), um blog chamado “Deusa” (3) e uma revista mensal chamada “Deusa”. (4)
De 1971 até 1980, Z Budapest serviu como fundadora e alta-sacerdotisa do Coven Susan B. Anthony Número Um, mas em 1980 ela tomou a decisão de se mudar de Venice Beach, no Sul da Califórnia, para Oakland, no Norte da Califórnia. A posição de Alta-Sacerdotisa do Coven Susan B. Anthony Número Um foi passada à Ruth Barrett por Z Budapest.
Ruth logo renomeou o coven como Grove Bétula da Lua, e então cinco anos mais tarde renomeou-o novamente como Círculo de Aradia; o qual existe até os dias de hoje. (5)
Como o mais renomado coven mundial, o Coven Susan B. Anthony Número Um foi ressuscitado por Z Budapest em 2007 e agora tem uma presença global, como um coven real e virtual oferecendo um programa de Treinamento de Sacerdotisa no Sacerdócio da Wicca Diânica. (6)
Antes de 1980, não havia ordenações na Tradição Diânica. Apenas após Z Budapest ter ordenado Ruth Barrett, ela percebeu que havia outras valiosas mulheres que estavam criando comunidades Diânicas seguindo seu exemplo e praticando seus ensinamentos.
Z decidiu estabelecer o que veio a ser conhecido como “Reinados da Rainha”. Entre 1980 e 2009 (até hoje), Z Budapest concedeu treze ordenações de Alta-Sacerdotisa no Reinado da Rainha. Este Reinado requer dez anos, cada Alta-Sacerdotisa deve treinar e ordenar ao menos uma outra Alta-Sacerdotisa. A falha ao fazer isso resulta na perda da “coroa” da Alta-Sacerdotisa e esta não é mais reconhecida, pela linhagem associada a Z Budapest, como uma Alta-Sacerdotisa ativa.
E aquelas que clamam que são as verdadeiras seguidoras da Tradição Diânica?
Z encontrou Morgan McFarland quando o Movimento de Espiritualidade das Mulheres ainda era recente, durante a viagem que Z e Helen Beardwoman fizeram ao redor dos Estados Unidos. McFarland nunca foi coroada ou ordenada por Z. Budapest. Naquele tempo, ela encontrou Z, ela tinha um coven ativo só para mulheres que praticavam juntas no estado do Texas, mas de acordo com Z, o marido de McFarland estava lá também. McFarland, segundo Z, praticava uma mistura das tradições Diânicas e Gardnerianas.
Morgan McFarland levou a tradição Diânica por um rumo que nunca foi destinada a ir, ao admitir homens em suas aulas e em seu espaço de veneração. De fato, Morgan McFarland foi tão longe que ordenou seu marido na sua visão de tradição Diânica, assim criando o início da controvérsia e das questões do separatismo. Morgan McFarland então rapidamente se divorciou de seu marido, mas ele continuou a ensinar e a propagar sua própria marca de filosofias Diânicas. Desse modo, a tradição Diânica de Morgan McFarland não é a mesma que a tradição Diânica de Z Budapest.
Com o resultado da criação da tradição Diânica McFarland, a tradição Diânica tem tido que se redefinir para se distanciar dos McFarlands. Desse modo, você verá referência à Wicca Feminista, Diânica Feminista, Tradição Diânica e Bruxaria Feminista, as quais são todas as mesmas da tradição de Z Budapest, centrada nas mulheres e só para as mulheres.
Existe outra tradição que admite homens, a qual foi fundada por Ann Forfreedom em Oakland, Califórnia. Esta tradição não é reconhecida na linhagem da tradição Diânica de Z Budapest. Não surpreende que esta versão da tradição Diânica tenha também insinuado questões inflamadas sobre separatismo e lesbianismo.
Tudo isso nos trás ao próximo tópico, qual delas é a tradição Diânica que não e nunca foi separatista, nem somente para lésbicas. O que tem ocorrido é uma teologia centrada nas mulheres que foca somente nos mistérios das mulheres. A tradição Diânica reconhece a existência dos mistérios dos homens e encoraja os homens a aceitá-los.
A tradição Diânica de Z Budapest é muito específica neste tópico. Ela pode ser citada assim como declara, “Nós sempre reconhecemos, quando nós dizemos “Deusa,” que Ela é a doadora da Vida, a sustentadora da Vida. Ela é a Mãe Natureza.” (7)
“Há somente dois tipos de pessoas no mundo: as mães e suas crianças. As Mães podem dar a vida a outro tão bem quanto os homens, que não são capazes de fazer o mesmo a eles mesmos. Isto constitui uma dependência na Força de Vida Feminina para a vida renovada, e isso foi aceito naturalmente nos tempos antigos por nossos antepassados como um dom sagrado da Deusa. Nos tempos patriarcais este dom sagrado foi usado contra as mulheres, usado para forçá-las a desistirem de seus papéis de independência e poder.” (8)
“Nossos filhos homens, nossas Crianças Sagradas, não eram criados como traidores [referência a palavra warlock], mas como amantes da vida, amantes das mulheres, irmãos ou amantes uns dos outros, ajudantes da Deusa em sua habilidade mais essencial de criação. Os Filhos de mães na veneração da Deusa tornaram-se Kouretes, membros do sacerdócio a serviço da Deusa.”(8)
Assim foi estabelecido por Z Budapest, no início da Tradição Diânica, que existia uma contra parte, uma tradição só de homens conhecida como Kouretes. A tradição Diânica não adota o separatismo, pelo contrário, ela aceita as diferenças entre masculino e feminino como dadas pela Deusa, a Mãe Natureza.
Praticar a Bruxaria Diânica não impede qualquer mulher de também participar auspiciosamente de outras tradições com homens. A tradição Diânica simplesmente afirmou que é uma identificação pura tudo aquilo que é feminino, através das mulheres nascidas mulheres, dentro da sagrada e divina veneração da Deusa. Separatismo de forma nenhuma tem base dentro da original tradição Diânica fundada por Z Budapest.
Referências:
1. Budapest, Zsuzsanna. The Holy Book of Women's Mysteries. Red Wheel/Weiser, 2007, page xvi.
2. Dianic Wicca University Online (http://wicca.dianic-wicca.com/)
3. Goddess blog (http://%20the-goddess.net/goddess)
4. Goddess magazine (http://issuu.com/zbudapest/docs/goddess)
5. Falcon River (2004) The Dianic Wiccan Tradition. From The Witches Voice. Retrieved 2009-07-05.
6. Susan B. Anthony Coven Number One (http://www.dianic-wicca.com/)7. Budapest, Zsuzsanna. The Holy Book of Women's Mysteries. Red Wheel/Weiser, 2007, page xvii.8. Budapest, Zsuzsanna. The Holy Book of Women's Mysteries. Red Wheel/Weiser, 2007, page 183.
(Traduzido por Aphrodisiastes)
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